sexta-feira, 6 de abril de 2012

novíssimo

"Lembrai-vos dos vossos novíssimos e não pecareis jamais." (Eclo 7, 40)
O que quer dizer Novíssimos?
"São Pio X escreve: 'Novíssimos são chamados nos livros santos as últimas coisas que hão de acontecer ao homem'.'É bom pensarmos nos novíssimo diariamente, e principalmente ao fazermos a oração da manhã, quando nos despertamos, e a oração da noite, quando nos deitamos, bem como todas as vezes que somos tentados a fazer algum mal, porque este pensamento é eficaz para nos fazer evitar o pecado'. (São Pio X).

São quatro:

1) Morte
2) Juízo
3) Inferno
4) Paraíso (último destino do homem)

Morte: é a última coisa que nos acontece neste mundo.

É a porta que se fecha para o mundo e se abre para a eternidade.
Juízo: importante momento em que iremos nos encontrar face a face com Deus. Este Juízo de Deus será muito severo; e será, sobretudo, para aqueles que, durante a sua vida, tiverem sido severos, no julgar. Um dos pecados de que não estão isentos, sobretudos os bons, aqueles que frequentam a igreja e que gozam particularmente dos dons de Deus, é precisamente este de fazer facilmente um juízo de seu semelhante.
Julgar aquilo que ninguém vê senão Deus. Ele Mesmo quer reservar para Si este direito e premeia todo aquele que, praticando mais a misericórdia que a justiça, renuncia a fazer qualquer juízo contra quem quer que seja, preferindo sempre ser bom a ser justo.
Quando uma alma, enriquecida de graças, pretende entrar na vida espiritual do seu próximo, para criticar, o Senhor acaba por permitir nela tantas quedas, que ela terá de retratar-se, amargamente dos seus juízos e reconhecer a sua fraqueza.
O Senhor nos vê muito bem, lá bem no fundo. Só a Ele compete o juízo. Que nós saibamos sempre compreender, perdoar e compadecer-nos dos irmãos.
(Nossa Senhora Fala – 1º volume – Mamma Carmela – Ed. Boa Nova no Brasil)

Inferno:
O Inferno existe!
É o último mal que hão de sofrer os maus.
Quando, depois da rebelião dos anjos, transformados em demônios, começou o Inferno, esse lugar em que todos eles foram precipitados, Deus não teria querido enviar para lá homem algum, porque tinha preparado, para cada um deles, um lugar no Paraíso. Mas ninguém deveria abusar da Sua Misericórdia Infinita.

Deus Pai enviaria à terra o Seu Divino Filho que superabundantemente repararia todos os pecados de todos os homens, de todos os lugares e de todos os tempos. Ainda mesmo uma só gota de Sangue, de valor infinito,
bastaria para satisfazer a Justiça de Deus, ofendida por todos os pecados do mundo.  
Era apenas necessário, como ainda hoje o é, pedir perdão e invocar a Divina Misericórdia. Eis, como tratando-se embora de um lugar, no qual os filhos rebeldes cairão inexoravelmente, bastaria que, com um ato da sua vontade, os homens aderissem à obra da Redenção, e seriam poupados a uma pena eterna.
E, apesar disso, o Infer­no vai-se povoando continuamente de almas que recusam diariamente a Misericórdia e a Salvação e, zombando de Deus e de Seus castigos, caem nesse lugar, onde um tão espantoso sofrimento os atormentará para sempre. São milhares e milhares de almas que, sem preparação e em pecado, se apresentam diante de Deus-Juiz, persistindo no seu propósito de ódio contra Ele, ódio que os acompanhará por toda a eternidade.
Se uma alma cai no Inferno, depois do Juízo particular, fica lá para sempre e, mesmo que o próprio Deus quisesse, num ato de amor infinito, pedir-lhe que se retratasse e se humilhasse, para ser perdoada, ela recusaria, tal como os demônios se negam a humilhar-se diante de Deus. No inferno, as almas dos condenados sofrem como se o corpo estivesse ainda com eles.
Céu ou Paraíso: é o sumo bem que hão de receber os bons.
 As almas dos justos que, no instante da morte, se acharem livres de toda culpa e pena de pecado, entram no Céu.
 Bento XII (1334-1342), pela Constituição "Benedictus Deus", de 29 de Janeiro de 1336, proclama:
"Por esta Constituição, que há-de valer para sempre, por autoridade apostólica, definimos que, segundo a Ordenação de Deus, as almas completamente purificadas entram no Céu e contemplam imediatamente a Essência Divina, vendo-A face a face, pois a mesma Essência é-lhes manifestada imediata e abertamente, de maneira clara e sem véus, e as almas, em virtude dessa visão e desse gozo, são verdadeiramente ditosas e terão Vida eterna e o eterno Descanso" (DZ 530).
Também, o Símbolo dos Apóstolos declara: "Creio na Vida eterna" (DZ 6 e 9).
Jesus representa a felicidade do Céu, sob a imagem dum banquete nupcial: "Enquanto elas iam comprar o azeite, chegou o noivo, e as que estavam preparadas entraram com o noivo no banquete da boda, e logo a porta foi fechada" (Mt 25,10).
 A condição para alcançar a Vida eterna é conhecer a Deus e a Cristo:
"Esta é a Tua Vontade, ó Pai, que Te conheçam a Ti, único Deus verdadeiro, e ao Teu enviado Jesus Cristo" (Jo 17, 3). "Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus" (Mt 5,8).
"Nem o olho viu e nem o ouvido ouviu, segundo a inteligência humana, o que Deus preparou para os que O amam". (t Cor 2, 9).
A Vida eterna consiste na visão de Deus:
"Seremos semelhantes a Ele, porque O veremos tal e qual é" (J o 5, 13). As faculdades, que integram a felicidade celestial, são de pleno entendimento, e este, pelo dom sobrenatural "lumen gloriae", é capacitado para o ato da visão de Deus (SI 35, 10; Ap 22, 5), do amor e do gozo.

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